Com vocês, Grisel. Minha deslumbrante hostmom!
Durante a decisão do intercâmbio, apesar do pouco tempo, decidi que precisava ficar em uma casa de família. E sim, foi uma decisão que eu não me arrependo, de maneira alguma!
Morar em casa de família (não importa a duração), é uma caixinha de surpresas. Às vezes ruim, por outras vezes, excelente. A parte bacana é que dá pra pedir um "rematch" (ou seja, pedir uma realocação para outra família), se o caso for má-adaptação ou qualquer outro problema que possa surgir.
O bacana de morar em uma casa de família é que, dependendo da agência e duração, eles te mandam para uma família que tenha haver com você, portanto, antes de viajar, é necessário preencher um formulário GIGANTESCO sobre sua rotina, com quem você mora, possíveis alergias, gostos, e muitas vezes até religião.
Em Miami, fiquei em uma casa aconchegante e bem parecida com minha família no Brasil, e que aliás, fizeram eu me sentir como parte da própria família.
A casa ficava em West Miami, e a escola em Coral Gables, cerca de 4,3 milhas de distância, ou seja, quase 7 km. Pra alguns pode ser bem longe, mas eu fiz o caminho várias vezes à pé.
Eu tinha que pegar um ônibus até o ponto do Trolley, que é um "bondinho" gratuito, e pegava o trolley até a porta da escola. Acostumar com o caminho foi moleza pra mim, que no primeiro dia já tive que ir sozinha.
A casa que eu morava tinham 2 pessoas na família: a mãe, e a filha, cerca de 10 anos mais velha do que eu, e uma cachorra maravilinda chamada Bailey. Tinha três quartos, e eu tinha o meu próprio, que é o da foto de capa do post. Tinha uma cozinha simples, uma sala de estar, uma de jantar (jantar todos os dias na mesa era obrigatório) e um hall de entrada que, basicamente, ninguém se sentava, além da garagem típica americana, que é cheia de quinquilharias, e os carros dormem pra fora dela.
Morar em casa de família é seguir regras e ser flexível com costumes. É aceitar o jantar sem questionar, participar das reuniões de família, e se meter em encrencas e ter uma "mom" pra ligar (aconteceu comigo, acredite, acontecerá contigo também). É também entender que você pode ou não se adaptar, e estar aberto a cada nova situação que vier. E é sim, ter a liberdade um pouquinho podada, afinal, são pessoas estranhas, criadas em uma cultura diferente em uma língua desconhecida anteriormente, né?
Abaixo, deixo algumas fotinhos da minha american house: