Couchsurfing (sub: -"o ato de dormir na casa de um estrangeiro desconhecido"): uma experiência tenebrosa para uns, e maravilhosa para outros. E hoje, vim contar a minha!
Para quem não conhece, Couchsurfing é um site onde você encontra hospedagem gratuita pela casa de desconhecidos, que disponibilizam desde um colchão na sala a um quarto privado, em troca de experiências e aprendizado cultural. Para quem não tem como hospedar, você pode oferecer um pouco do seu tempo para um viajante conhecer mais sobre a cidade em que você vive, levando-o para passeios e sendo seu guia turístico.
Pós-pandemia, o site passou a cobrar uma pequena taxa para você ter acesso, o que sinceramente? Entendo que valha super a pena. Usar o Couchsurfing foi indicação de uma amiga querida, que usou o sistema diversas vezes durante seu mochilão pela Escandinávia, que anteriormente já havia sido apresentada ao site da mesma maneira, e assim a corrente segue.
O intuito do Couchsurfing é literalmente te fazer mergulhar de cabeça na cultura de outro país, e viver como um local. Diferente da proposta do AirBNB (que no caso, é 100% pago), no Couchsurfing você paga uma pequena taxa de cerca de R$ 9,90 por mês para ter acesso aos anfitriões, e mais nada. Claro, nada te impede de limpar a cozinha do seu host, organizar alguma coisa ou fazer um jantar "típico" do seu país como retribuição da gentileza, né?
O sistema basicamente é fácil: você se cadastra no site, obtém "verificações" através de celular e outros métodos por questões de segurança, e já começa a navegar. Você pode cadastrar sua futura viagem e contar o porquê está indo pra lá e quanto tempo vai ficar, e aí, começa a procurar seus futuros-possíveis hosts. Quando você conhece alguém do Couchsurfing, o ideal é dar um feedback sobre como foi a experiência. No caso da hospedagem, dizer como foi o dia-a-dia, o tratamento, a recepção e tudo mais. Afinal, estamos lidando com pessoas de verdade e nem todas elas são boas, portanto todo cuidado é pouco.
Você pode adquirir feedbacks e reviews indo a encontros semanais e mensais que o próprio Couchsurfing promove em grandes cidades. É uma forma de ter uma qualificação positiva e enriquecer seu currículo cultural.
Mas vamos ao que interessa: Minha experiência.
O intuito do Couchsurfing é literalmente te fazer mergulhar de cabeça na cultura de outro país, e viver como um local. Diferente da proposta do AirBNB (que no caso, é 100% pago), no Couchsurfing você paga uma pequena taxa de cerca de R$ 9,90 por mês para ter acesso aos anfitriões, e mais nada. Claro, nada te impede de limpar a cozinha do seu host, organizar alguma coisa ou fazer um jantar "típico" do seu país como retribuição da gentileza, né?
O sistema basicamente é fácil: você se cadastra no site, obtém "verificações" através de celular e outros métodos por questões de segurança, e já começa a navegar. Você pode cadastrar sua futura viagem e contar o porquê está indo pra lá e quanto tempo vai ficar, e aí, começa a procurar seus futuros-possíveis hosts. Quando você conhece alguém do Couchsurfing, o ideal é dar um feedback sobre como foi a experiência. No caso da hospedagem, dizer como foi o dia-a-dia, o tratamento, a recepção e tudo mais. Afinal, estamos lidando com pessoas de verdade e nem todas elas são boas, portanto todo cuidado é pouco.
Você pode adquirir feedbacks e reviews indo a encontros semanais e mensais que o próprio Couchsurfing promove em grandes cidades. É uma forma de ter uma qualificação positiva e enriquecer seu currículo cultural.
Mas vamos ao que interessa: Minha experiência.
Meu objetivo inicial era fazer Couchsurfing por toda a minha viagem pela Europa, porém, quando decidimos que uma amiga iria comigo, tive que rever os planos, afinal, o Couchsurfing é individual (apesar de pessoas como nosso host, Aymen, aceitarem mais de um viajante). Minha amiga teve que criar um perfil próprio para solicitar a hospedagem.
Comecei a enviar mensagens de request para possíveis hosts cerca de três a dois meses antes. Enviei diversos requests, sendo a grande maioria para mulheres, por ter um pouco de receio, afinal, éramos duas mulheres viajando para a Europa pela primeira vez, sem conhecer nativos ou a cultura do local.
Tivemos algumas respostas negativas, e outros "talvez", mas nada certeiro ainda. Com a viagem se aproximando, minha ansiedade me perseguiu (
Três semanas antes da viagem, nosso host Aymen - web developer, tunisiano vivendo em Paris - nos ofereceu hospedagem por uma semana. E sim, ele ofereceu sem nosso request, porque também dá para fazer isso pelo site. Conversamos um pouco, trocamos redes sociais e vi que ele aparentava ser uma pessoa de boa índole. Ele pediu para confirmarmos dias antes da viagem se iríamos mesmo, que ele faria questão de nos buscar onde estivéssemos.
O próprio Couchsurfing te dá uma documentação para ser apresentada na imigração, se for requisitado, que é a confirmação de estadia e responsabilidade do host. Porém, como nós fomos de ônibus vindo de Londres com destino à Paris, a imigração não é tão intensa e sequer perguntaram o que estávamos indo fazer em Paris.
Ao chegarmos na cidade-luz, o Aymen já estava nos esperando em frente ao Palais de Congress. Houve um pequeno desencontro, por conta dele estar de um lado do quarteirão e nós, do outro, mas no fim deu tudo certo. Ele nos cumprimentou com o jeito típico do francês "dois beijinhos no rosto", e logo seguimos para o carro. O caminho foi de adaptação e um pouco de insegurança, confesso. Afinal, ainda éramos só duas mulheres com um estrangeiro desconhecido e, sendo brasileiras, já temos embutido o chip do medo... Mas isso é assunto para outro post.
Essa foi nossa acomodação na casa do Aymen. O colchão de casal (que reza a lenda que eu joguei minha amiga para fora todas as noites), o sofá e a sala de estar, que tinha uma porta que a mantinha privativa.
Assim que chegamos, nosso host nos deu uma cópia da chave da porta de entrada, e nos preparou com muito carinho dois cupcakes, flans, um pacotão vermelho gigante e maravilhoso de Maltesers e uma garrafa de água mineral. Além, claro, de roupas de cama limpas e um aquecedor que salvou nossa primeira noite em Paris
Como estávamos muito cansadas, tomamos banho e dormimos infinitamente. Ao acordarmos, o Aymen estava trabalhando, mas havia nos deixado um bilhete explicando como chegaríamos ao metrô mais perto de forma segura, com direito a mapa e tudo. Um amor.
A casa dele era um apartamento no terceiro andar de um prédio antigo em Clamart, e descobrimos depois que ele não dirigia, só pegou o carro emprestado de um amigo para que pudéssemos chegar na casa dele em segurança.
Ele topou gravar vídeos conosco, e todo dia que chegávamos, ele estava preparado para conversar e descobrir mais sobre nossa cultura, enquanto ensinava curiosidades sobre a França e a Tunísia.
Depois de alguns dias com ele, fomos convidadas pela salvadora-de-brasileiros-na-França Jéssica Dias, vulgarmente conhecida como minha colega da faculdade de arquitetura e urbanismo, para ficar o resto dos dias com ela e o namorado, Nicolas, no studio que eles tem em Robinson, também em Paris.
Foi aí que o negócio com o Aymen ficou meio estranho. Ele se sentiu ofendido por estarmos mudando de hospedagem, e ficou muito chateado. Porém, em nosso ponto de vista, era melhor estar com conhecidos, que também moram em Paris. Enfim, após conversarmos por um tempo, ele entendeu e até nos deu uma caixinha de chocolates de presente de despedida. Mas foi na minha review do Couchsurfing que descobri o quão chateado ele ficou, afinal, ele só mencionou que ele foi nos buscar quando chegamos. Não mencionou os outros dias. Mas enfim, vida que segue.
Conclusão: A experiência foi fantástica. Eu pude ver que sim, ainda existem pessoas boas, ainda existem pessoas gentis e de bom coração, e a experiência com o Couchsurfing está aí para provar isso. Claro que existem casos e casos, mas no meu, eu usaria o sistema novamente com certeza, e também receberia estrangeiros com o mesmo intuito.
Dica importante: SEMPRE converse o essencial (data de chegada, endereço, horário de encontro, ponto de encontro, etc) pelo bate papo dentro do site. Caso algo de ruim aconteça, o sistema é ligado diretamente com a Polícia local e um alerta é acionado. Ou seja, isso pode te manter seguro em caso de possíveis perigos!
E você? Já teve uma experiência assim? Me conta!
Tags: couchsurfing, experiência de hospedagem, viagem cultural